Jovens começam a trabalhar pelo Programa Aprendiz

Começou na última quarta-feira (24) o trabalho do Programa Aprendiz. Uma parceria entre Câmara de Vereadores, Juizado da Infância e Juventude, Centro de Integração Empresa Escola (CIEE/RS) – Pelotas, Biblioteca Pública e iniciativa privada, está proporcionando oportunidade de emprego a dois jovens que vivem em entidades de acolhimento do nosso município. A perspectiva é de que outros dois adolescentes oriundos do Centro de Atendimento em Semiliberdade (CASEMI)ou em cumprimento de medida de semiaberto executado pelo Centro de Atendimento Especializado em Assistência Social (CREAS), comecem a trabalhar nas próximas semanas.

A iniciativa é inédita no Rio Grande do Sul e o presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Ferreira (Marcola – sem partido) falou sobre a importância do projeto.

“É um momento muito especial para todos, a largada deste programa onde damos oportunidade de trabalho para jovens que vivem em casas de acolhidas. Nosso objetivo também é despertar em outras instituições públicas o interesse pelo projeto e que mais jovens possam ser contemplados”, disse Marcola.

O presidente da instituição, Sérgio Lima, falou sobre o impacto da iniciativa para os adolescentes como para própria biblioteca. “Uma ideia magnífica. Nós trabalhamos com jovens há muitos anos, aliás nosso trabalhado se baseia na juventude, pois nós somos muito poucos, temos apenas nove funcionários. Então a juventude é que dá vida nesta casa”, disse o representante da Biblioteca Pública.

A oportunidade, segundo Bruno Viana da Luz, um dos jovens que está começando a trabalhar, vai contribuir na carreira que pretende seguir como professor. “Eu estava ansioso e nervoso, agora estou feliz e motivado, quero fazer faculdade e este trabalho acredito que irá me abrir muitas portas. Agradeço a todos que estão apostando neste lindo projeto”, disse o jovem.

Para a juíza da infância e juventude, Dra. Alessandra Couto de Oliveira, a sociedade tem o dever de garantir aos acolhidos os mesmos direitos caso estivessem no convívio familiar. “Esses jovens e adolescentes por algum motivo tiveram que ser retirados das suas famílias por sofrerem algum tipo de violação dos direitos, então eles são vítimas e precisam ficar em entidades de acolhimento institucional. Eles não tem o apoio da família, então é tão importante este projeto com remuneração até no aspecto emocional de autoestima”, explica a magistrada.

O gerente de unidade operacional do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE/RS), Lourenço Guimarães, explica que as empresas parceiras serão responsáveis pela remuneração e garantia dos direitos dos primeiros jovens contratados, através de carteira assinada e os encargos trabalhistas.

“A Câmara está fazendo a sua parte, abrindo as portas, junto com a Biblioteca, para que esses jovens realizem a parte prática do programa, onde o CIEE é a unidade formadora de aprendizagem através de curso de capacitação profissional durante 24 meses. Estamos conseguindo fechar um ciclo e estamos muito felizes e satisfeitos com isso”, disse o gerente.

As empresas que já estão ajudando no Projeto Aprendiz são o Clube Caça e Pesca de Pelotas e Bonsul Comércio de Carnes e Derivados.

 Foto: Ederson Ávila