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Procuradoria da Mulher promove exposição aberta ao público

Publicado em 24/11/2022.
Em menção aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

A Câmara Municipal abriga desde ontem, quarta-feira (23), a exposição fotográfica “O silêncio também é uma arma”. E fica à disposição do público até 30 de novembro.

A delegada Carolina Funchal Terres, idealizadora do projeto, com as fotógrafas (executoras) Fabiane Guedes e Pâmela Lazaron organizaram um acervo com fotos de “objetos femininos” com os mesmos sendo utilizados para lesioná-las ou ameaçá-las. Além da arte presente nos registros, há um evidente incentivo a denunciar as situações de violências vividas por mulheres.

A iniciativa tem como propositora a Vereadora Miriam Marroni (PT) através da Procuradoria da Mulher, a qual tem finalidade de ser uma rede de acolhimento, orientação e encaminhamento de mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Na exibição esteve presente a Professora Isabela Andrade (reitora da Universidade Federal de Pelotas), Fernanda Muller (defensora pública), Raquel Cardoso (Secretaria de Segurança Pública), Andreana (Assessoria Jurídica da 5ª CRE), Celso Dias (Arquiteto), Letícia Duarte (técnica do CRAS Z-3), Sandra Tavares (coordenadoria do CRAS Fragata), Neusa Ledesma (ABMCJ- Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica),

Lisiane Matarredona ( Delegacia da Criança e do Adolescente de Pelotas), Paola Fernandes (Centro de Referência Ao Atendimento À Mulher Professora Cláudia Pinho Hartleben) e Manoela Silva (Secretaria de Assistência Social) e Myryam Viegas (GAMP).

“Quando fui organizar o depósito de apreensões da delegacia de Canoas (RS) encontrei inúmeros objetivos utilizados para lesões em mulheres; espadas, facões, tacape com pregos, inclusive uma raquete de tênis, comprovando que a violência se faz presente em todas as camadas sociais, pois é um objeto (geralmente) de pessoas com maior poder aquisitivo. Lembrei do meu pai me dizendo: ‘ a maldade é criativa!’ E pensei no quanto era necessário mostrar a sociedade”, disse a delegada Carolina Terres, autora da galeria.

Também chama atenção para a semelhança dos objetos com instrumentos medievais, além de salientar a importância das denúncias. “A violência não aumentou… Ela apareceu! Quando não tem ocorrência, há mulheres apanhando sem falar nada, em silêncio. E a denúncia significa que elas estão falando”, complementou Carolina.

A falta de acusação aos agressores se dá por incontáveis motivos, mas a dependência financeira é um dos principais. E sobre isso a representante da Secretaria de Assistência Social (SAS), Manoela Silva, afirmou que: “sabemos que infelizmente é um dos fatores que faz com que a mulher permaneça em um relacionamento abusivo e agressivo. O município tem algumas políticas para enfrentar essa vulnerabilidade, através do Pacto Pelotas pela Paz há alguns projetos para profissionalização e capacitação de mulheres vítimas de violência ou que estejam em situações vulneráveis.”

As imagens demonstram uma situação clara e real de agressão. Objetos caseiros, mas com requintes de crueldade. E a grandeza desse projeto é justamente essa ação reflexiva que causa. Hoje à frente da delegacia da criança e do adolescente percebo o quanto a violência doméstica, por exemplo, adoece todo o núcleo familiar. E muitas vezes a denúncia chega através das crianças”, disse a delegada Lisiane Matarredona.

A parlamentar Miriam Marroni, coordenadora da Procuradoria da Mulher da Casa, relatou que: “ não é atoa que há 450 casos de medida protetiva de Pelotas, e só é concedida em casos de violência ou ameaças constantes, ou seja, diariamente. Isso é uma epidemia!” E complementou: “A exposição é sobre isso, que a gente não pode se calar! Nos procurem! Denuncie!”

Para ter acesso à Procuradoria da Mulher, entrar em contato pelo telefone (53) 3026-1001, whatsapp (53) 981124165, ou comparecer à Câmara Municipal de Pelotas, no seu horário de funcionamento das 8h às 12h, segunda e sexta-feira,  e das 8h às 14h terças, quartas e quintas. O poder legislativo fica na Rua 15 de Novembro, 207.

 Foto: Ederson Ávila

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